quinta-feira, 27 de outubro de 2016

RM 21-10-2016

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA CRÂNIO-ENCEFÁLICA, DA COLUNA CERVICAL E DO
PLEXO BRAQUIAL

Ressonância Magnética Crânio-Encefálica

Protocolo Técnico: Efectuámos sequências sagital e axial T1, axial T2 e T2*, axial e coronal
FLAIR e sequência 3D T1 após administração de gadolínio. Não tivemos acesso a estudos
anteriores crânio-encefálicos para efeitos comparativos.

Informação Clínica: Tumor maligno da bainha de nervo nervo periférico do plexo braquial
direito operado e submetido a quimio-radioterapia. Cefaleias de novo a esclarecer. Sem
evidência de neurofibromatose de tipo I.

Leitura e Interpretação: Os sulcos cerebrais e o sistema ventricular têm dimensões e
morfologia conservadas para o grupo etário.

Não se observam lesões intracranianas de natureza expansiva nem realces patológicos do parênquima cerebral ou das meninges. Também não há espessamentos ou realces patológicos ao longo do trajecto cisternal dos diferentes pares cranianos. Cisternas da base e perimesencefálicas permeáveis. Não há alterações do sinal do parênquima cerebral, do cerebelo ou do tronco nomeadamente
de natureza isquémica, hemorrágica ou desmielinizante. Espessamento mucoso focal no recesso alveolar do seio maxilar direito. Restantes cavidades sinusais visualizadas e cavidades otomastoideias normalmente arejadas.

Conclusão: Não se documentam lesões intracranianas de natureza orgânica.

Ressonância Magnética da Coluna Cervical e do Plexo Braquial

Protocolo Técnico: Efectuámos sequências sagital T1 e T2 dirigidas à coluna cervical e
sequências em pano sagital oblíquo T1 e T2 oblíquo, coronal T1, T2 e STIR e axial e coronal
T1 após administração de gadolínio com supressão de gordura dirigidas ao plexo braquial.
Fez-se estudo comparativo com exame prévio datado de 31 de Março de 2016.

Leitura e Interpretação: Tal como no estudo prévio continuamos a identificar extensas
alterações pós-cirúrgicas em relação com abordagem por via posterior notando-se placas e
parafusos de fixação desde C7 até D2, condicionando importantes artefactos de
susceptibilidade magnética que impedem a correcta visualização do canal raquidiano central
e dos buracos de conjugação a estes níveis.

Nas porções visualizadas da coluna cervical, acima do hardware cirúrgico, não nos parecem
existir sinais de conflito de espaço quer medular quer radicular a nível foraminal, sendo que a
partir do nível C5-C6 não é possível a correcta apreciação do trajecto foraminal das raízes.

Continuamos a evidenciar uma imagem grosseiramente nodular em sede paravertebral direita
que se estende, no sentido longitudinal, desde o disco C5-C6 até à plataforma vertebral
inferior de D1, que no estudo prévio foi estimada em 62 x 25 x 19mm e no estudo actual não
ultrapassa os 48 x 14 x 13mm nos maiores eixos crânio-caudal antero-posterior e transversal
respectivamente. Trata-se de uma lesão hipointensa em T1 e também com sinal baixo a
intermédio em T2, que não sofre realce no estudo após administração de gadolínio. O estudo
PET-CT de Novembro de 2015 também não mostrou atividade hipermetabólica pelo que os
aspectos semiológicos, no seu conjunto, poderão traduzir lesão residual sem actividade
proliferativa, contudo, a manter sob vigilância. Esta lesão envolve o trajecto proximal das
raizes e os troncos do plexo braquial nomeadamente no seu trajecto entre o escaleno anterior
e escaleno médio.

Não observamos alterações do sinal medular nas porções visualizadas da medula cervicodorsal. Não há outras alterações em sede paravertebral.

Conclusão: Evolução favorável no intervalo entre as observações com redução dimensional
da lesão paravertebral direita previamente descrita cujas características semiológicas
admitem a possibilidade de lesão residual sem actividade proliferativa, sem sinais e
hipermetabolismo na PET-CT de Novembro de 2015.

Executado(s) por
Dra.ALEXANDRA BORGES
FILIPA BORLINHAS